Reinaldo

Dólar fecha a R$ 2,281, maior patamar desde março de 2009 via @Reinaldo_Cruz #QuestãoBrasil

O dólar fechou a terça-feira, 30, com alta de 0,53%, cotado a R$$ 2,2810, o maior patamar desde 31 de março de 2009, quando valeu R$$ 2,3180. A valorização no mercado brasileiro seguiu o ritmo da moeda nos mercados externos, onde os investidores buscaram a segurança antes do resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que termina na quarta.
Para alguns analistas, a alta também se deveu à determinação da Ptax de fim de mês. Essa é a taxa de referência que servirá para liquidação de contratos cambiais de agosto. "O mercado hoje foi influenciado pela formação da Ptax, com a disputa entre comprados e vendidos. Cada investidor puxa o dólar para um lado", disse Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade.
Na prática, posições compradas são favorecidas pela alta do dólar, enquanto as vendidas são beneficiadas pela queda da moeda. $Exportadores$ Pela manhã, o dólar chegou a marcar R$$ 2,2780, com alta de 0,40%), mas menos de uma hora depois de atingir esse patamar a moeda registrava a mínima da sessão, a R$$ 2,2670 (-0,09%).
Profissionais disseram que, ao se aproximar de R$$ 2,28, a moeda norte-americana tornou-se atrativa para os exportadores, que decidiram internalizar recursos. Com isso, forçaram a desaceleração. Ainda assim, o dólar manteve-se acima dos R$$ 2,27 à tarde. E, na reta final dos negócios, voltou a acelerar e chegou a ser cotado a R$$ 2,2820 (+0,57%) - o maior patamar intraday desde 1º de abril de 2009, quando chegou a valer R$$ 2,3080 no balcão.
Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco, a busca por segurança, antes do fim da reunião do Fed, justificou a pressão de alta. "O mercado está cauteloso, esperando que o Fed dê alguma sinalização sobre a redução de estímulos à economia dos EUA. Apesar de o dólar ter feito preço na semana passada em função de notícias de que os estímulos serão mantidos, os investidores buscaram segurança", afirmou.
Indicadores
A quarta-feira promete ser agitada para o mercado de câmbio. Além do Fed e da formação da Ptax, os investidores vão observar a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) preliminar dos EUA, no segundo trimestre. Se o dado for bom, a pressão de alta sobre o dólar pode se intensificar, em meio à percepção de que o PIB reforça a expectativa do início da redução dos estímulos à economia norte-americana.
A agenda traz ainda a divulgação do fluxo cambial no Brasil na última semana. Profissionais afirmam que, em função desta bateria de informações e do vencimento da Ptax, o Banco Central se manteve nesta semana distante dos negócios, à espera de uma definição mais clara do cenário. Ainda mais que, na sexta-feira, 02, a autoridade monetária completou a rolagem dos contratos de swap cambial que vencem no início de agosto.
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